O e-book “Mobilidade Corporativa: a responsabilidade das empresas” produzido e publicado pela empresa Bynd contou com a participação de quatro especialistas em mobilidade urbana, entre eles, Glaucia Pereira, pesquisadora e fundadora do Multiplicidade Mobilidade.
O material traz as percepções e dicas de especialistas em mobilidade urbana e corporativa sobre o impacto evidente das empresas na mobilidade e a necessidade de assumirem sua responsabilidade, traçando planejamentos estratégicos que coloquem seus colaboradores no centro das decisões, além de promover economia e sustentabilidade. Além de Glaucia, participaram da publicação Ariane Marques, empreendedora do Observatório da Mobilidade SAE BRASIL, Carolina Cominotti, Head of Partnerships da AUTONOMY & The Urban Mobility e Eduardo Bortotti, Head de Facilities e Corporate Mobility Enel Brasil.
A Bynd preparou o material para conscientizar pessoas, cidades e, especialmente, empresas sobre a importância do planejamento estratégico para as Mobilidades Urbana e Corporativa apresentando insights de especialistas e uma inspiração para a verdadeira mobilidade do futuro. As transformações que a pandemia teve na mobilidade urbana foram percebidas quase instantaneamente nas grandes cidades e, segundo as pessoas especialistas ouvidas pela publicação, esse período intensificou o questionamento sobre as práticas de mobilidade fazendo com que surgissem mais discussões a respeito do uso de outros modais, como a bicicleta e do questionamento a respeito da necessidade de se locomover e, consequentemente, dos seus impactos sociais e ambientais negativos.
Para Glaucia Pereira, uma grande parcela da população não pode nem experimentar a possibilidade de realizar trabalhos remotos e mesmo na pandemia foram obrigadas a se deslocar pelas cidades. “Temos a necessidade de defender o transporte público porque, pela primeira vez, as pessoas começaram a ter medo do transporte público e falar que não era um bom modo de transporte por causa da aglomeração. (…) Todas as políticas na história vão no sentido de aumentar o número de viagens por transporte público coletivo”, afirma a fundadora do IPMM na publicação. Ainda para Glauca, é preciso gerar dados para resolver os problemas da mobilidade urbana e para isso acontecer, é importante os métodos científicos de pesquisa: “Estamos em uma situação em que as pessoas não estão valorizando tanto a ciência e os métodos científicos e tem muita gente em mobilidade urbana que não tem tanta especialização. Acho que o nosso principal desafio é, também, oportunidade – é gerar esse conhecimento embasado, com robustez metodológica, entendendo que, apesar de ter muita gente chegando agora, os problemas não nasceram agora, geralmente, são históricos”.
O livro pode ser baixado gratuitamente aqui.