A Prefeitura de São Paulo anunciou a revisão das propostas do plano de metas, o que atinge diretamente as ações de mobilidade urbana na capital paulista, entre elas, a meta de diminuir as mortes no trânsito. Reportagem do telejornal SP2 da TV Globo mostrou os problemas da revisão e chamou a Multiplicidade para opinar sobre o assunto.
Sinistros de trânsito são considerados verdadeiros problemas de saúde pública. Na cidade São Paulo, o número de vítimas nesse tipo de ocorrência vem crescendo de forma acelerada. Dentre as diversas metas da administração municipal para lidar com o problema, quatro não serão cumpridas, incluindo as que deveriam evitar o aumento do número de mortes no trânsito.
A notícia foi recebida com indignação por pessoas que pesquisam o tema, ativistas e entidades que se dedicam a fiscalizar as ações da prefeitura neste campo. As áreas de educação, trânsito e mobilidade urbana foram as mais prejudicadas na revisão do plano de metas. Assim, ficam prejudicadas ações como: a implantação de 420 km de vias atendidas por ônibus; a instalação do BRT na Radial Leste, importante via da capital; a implantação de quatro novos terminais de ônibus e a meta de redução das mortes no trânsito para 4,5 mortes por 100 mil habitantes.
A reportagem que abriu a edição do SP2 no dia 24 de abril de 2023 foi de Fabrício Lobel. Até março de 2023, 1.152 pessoas morreram no trânsito, o maior número da gestão do atual prefeito. Apesar disso, a revisão do plano não pretende realizar esforços para a diminuição de mortes por habitantes. Atualmente, são 7 mortes por 100 mil habitantes, número considerado alto. Glaucia Pereira, fundadora e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Multiplicidade Mobilidade Urbana, foi uma das fontes ouvidas na matéria. Ela encerra a reportagem e considerou a medida desastrosa e perigosa para toda a sociedade: “A mobilidade urbana impacta a vida de todas as pessoas diariamente. Não é apenas um arquivo PDF com metas. É a vida das pessoas, de fato”.
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