Fizemos um trabalho inovador na criação de indicadores com perspectiva de gênero e raça para canais de denúncia de violência no transporte público.
Na Multiplicidade, estamos orgulhosas de compartilhar os resultados de um projeto transformador em que tivemos o privilégio de participar: o “Transporte para Todas: gênero e raça na mobilidade urbana“. Este projeto foi coordenado pelo ITDP Brasil e CEERT, em parceria com a Prefeitura de São Paulo e com o apoio do Banco Mundial. O seu objetivo era discutir como tornar os sistemas de transporte público mais responsivos às necessidades das mulheres, especialmente das mulheres negras.
O estudo está publicado e dividido em vários cadernos. Hoje, vamos discutir nossa contribuição no caderno C1, intitulado “Estrutura conceitual e recomendações para a estratégia do projeto-piloto de unificação“. Trata-se da unificação de canais de denúncia em sistemas de transporte complexos, como o de São Paulo. Baixe o estudo aqui.
Começamos com um diagnóstico abrangente, que envolveu a coleta de dados secundários, com ênfase nas questões de gênero e raça. Utilizamos fontes como a Secretaria de Segurança Pública, Pesquisa Origem-Destino da Região Metropolitana de São Paulo, VIGITEL do Ministério da Saúde, RAIS, entre outras. Essa riqueza de dados permitiu uma caracterização detalhada, destacando as diferenças significativas que surgem quando consideramos os fatores de gênero e raça.
Nossa contribuição foi fundamental na coleta e análise desses dados, demonstrando como a análise e governança de dados pode impulsionar decisões estratégicas. A Multiplicidade se dedicou a garantir que as informações fossem precisas e úteis para orientar decisões informadas. Afinal, a análise detalhada é o primeiro passo para a construção de um transporte público mais inclusivo e igualitário.
Estamos entusiasmadas com os resultados alcançados e ansiosas para continuar colaborando em projetos que promovam a igualdade e a acessibilidade em nossas cidades.